O 1º Andar – mostra de criadores emergentes 2011 termina com a apresentação do espetáculo de dança/performance “Corpo (I)lógico”, de Anaísa Lopes.
No dia 30 de novembro, às 22h30, no Cine Teatro Avenida.
Sobre “Corpo (I)lógico”:
“Perturbando os sentidos, especificamente a visão, o monstro foi pensado como uma aberração, uma folia do corpo, introduzindo, como oposição lógica, a crença na necessidade da existência da normalidade humana, do corpo lógico”
in “Breve história do corpo e de seus monstros”, Ieda Tucherman
A peça trata do Corpo, os animais que somos, a pele que não suportamos ou narcisicamente idolatramos, como estátuas gregas, símbolos da perfeição e do ideal.
O que surge é uma catarse hiper controlada, perguntas sem resposta que só cada um poderá intimamente sentir. A exposição do corpo-pele, virtuoso no cimo da verticalidade dos saltos, transformados em pesados cascos, poderá ser incómoda ou enaltecida, mas nunca gratuita e sempre natural na essência. A negação das formas que nos atribuem um sexo, coloca outras questões de consciência humana que podemos não querer confrontar. Procurei uma estética pictórica e uma caçada canibal, no questionamento global de se será possível a existência de um corpo absoluto?
Sobre a criadora:
Anaísa Lopes
Licenciada em 2006 em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura (UTL), elaborou uma tese publicada sob o tema: “Tipos habitacionais existentes no Bairro do Alto da Cova da Moura: Caracterização e Qualificação”, sob orientação da Profª Isabel Raposo em colaboração com a Associação Cultural Moinho da Juventude. Posteriormente ingressou na Ordem dos Arquitetos, tendo exercido a profissão no atelier Art Strata durante dois anos. Fez uma pós graduação em Cenografia em 2008, orientada por José Manuel Castanheira, e iniciou em 2009, a Licenciatura em Dança pela Escola Superior de Dança (Instituto Politécnico de Lisboa), tendo terminado agora o 2º ano.
A área de dança que iniciou e desenvolve desde 2003 é o Hip Hop (Breakdance, New Style, House e Waacking) e Tribal Fusion Belly Dance, pesquisando nos últimos anos sobre a integração dos estilos de rua, no meio académico e performativo.
Frequentou o Workshop Internacional de “Cenografia, Dança e Arquitectura”, lecionado em Paris na École National d’Architecture de La Défense e Centre National de Danse (2009), e teve formação em Academias de Dança a nível internacional como, Peridance, Broadway Dance Center, Steps (NY); The Edge e Millenium Dance Complex (Los Angeles); Pinneaple Dance School e Husky’s (Londres), Le Centre des Arts Vivants e Juste Debout Dance School (Paris) onde teve a oportunidade de enriquecer a sua formação em Hip Hop e House.
Atualmente é bailarina da crew de Hip Hop, ButterflieSoulflow e Jukebox Project e do projeto de Dança Afro Contemporânea “Nha Corpu teu fado”.
Participou em videoclips (p.e Philarmonic Weed, Sam the Kid, Mundo Complexo, Buraka Som Sistema…); participou também em várias battles como Júri convidada e foi bailarina no projeto de vídeo-dança “Canto de Amor”, realizado por João Nuno Pinto, inserido no projeto “Movimentos Perpétuos – Arte para Carlos Paredes”.
Integrará a peça “Iman” de Filipa Francisco e o projeto “Corpos Urbanos” de Willie Dorner, em 2011.