19.novembro.2013 > 21h30
Inês Oliveira > Ataúde
Covilhã > Auditório Teatro das Beiras
dança/teatro | maiores 12 anos | 40 min.
Sobre Ataúde:
Ataúde é um solo de dança-teatro que se concentra na ideia da morte. Uma visão simbólica da morte como rutura, como mudança, num processo de abandono e reconquista de si mesmo, em que o espaço interno se dilata, se contorce, se expande – findando coisas, extinguindo-as, abrindo espaço para que outras tomem o seu lugar.
Reflete sobre a matança que exercemos sobre nós mesmos, vezes sem conta, num exercício mais de vida que de morte, num processo inesgotável de desaparecimento e revitalização – o invocar constante das forças vitais em cada novo acordar, as mudanças da incontornável passagem do tempo.
Este trabalho questiona-se sobre a criação de mitos pessoais e universais, da sua rutura, na criação dum ritual inventado, um funeral a si próprio.
Conceito e interpretação: Inês Oliveira | Apoio à direção: Félix Lozano | Olhar exterior: Mafalda Saloio | Adereços: Jonas Ribeiro | Sonoplastia: Félix Lozano, Inês Oliveira, Pedro Fonseca | Desenho de Luzes: Pedro Fonseca, Anatol | Fotografia e Imagem: Gato Villegas, Jorge Leiva, Stratos Ntontsis, Giancarlo Paez | Apoios: Circolando, teatroparallevar
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20.novembro.2013 > 21h30
Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos Ramírez, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher > Hale
Castelo Branco > Cine-Teatro Avenida
dança | maiores 5 anos | 35 min.
Sobre Hale:
HALE é o encontro entre cinco criadores, 23kg de plástico e 1710W de potência de ventiladores. O seu corpo coletivo em transformação constante, que vive e respira é uma dança, onde a coreografia se manifesta em arquitetura plástica. O que à partida é matéria inanimada ganha vida num encontro entre o naturalmente artificial e o artificialmente orgânico. Chamamos-lhe estudo para um organismo artificial.
Criação, Figurinos e Som: Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos Ramírez, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher | Interpretação: Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Francisca Pinto, Helena Martos Ramírez, Inês Campos, Joana Leal e Matthieu Ehrlacher | Desenho de Luz: Carlos Ramos | Assistência Artística: Patrícia Portela | Vídeo: Mariana Bartolo | Apoio à Criação: Fórum Dança /Edifício, Espaço Alkantara, Espaço do Tempo
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23.novembro.2013 > 21h30
Costanza Givone > Salomé perdeu a luz
Fundão > A Moagem
multidisciplinar (dança/teatro/artes plásticas) | maiores 6 anos | 40 min.
Sobre Salomé perdeu a luz:
Tu não quiseste que eu beijasse a tua boca, Iokanaan. Pois vou beijá-la agora! Hei-de mordê-la com meus dentes como se morde um fruto verde. Vou beijar a tua boca, Iokanaan! Não te tinha dito? Não te disse? Vou beijá-la agora. Mas por que não me olhas, Iokanaan?
Salomé – Oscar Wilde
Não é interior nem exterior, é o esqueleto dum espaço, uma jovem mulher só consigo mesma. As peças de um antigo jogo de xadrez revelam-lhe a história duma princesa de formas perfeitas chamada Salomé. Cai uma cabeça. Não se pode voltar atrás. A cabeça olha a rapariga, imóvel, para a eternidade. Fugir é impossível. São parte uma da outra, resta-lhes viver, num mundo grotesco, onde a realidade é loucura e só no sonho se encontra paz.
Um espetáculo inspirado na historia de Salomé sobre a perda de si mesmo. A mente naufraga, as luzes que nos guiam apagam-se, o chão desfaz-se debaixo dos pés num trabalho que cruza dança, teatro e artes plásticas.
Um jogo de xadrez conta-nos a história de Salomé, uma cabeça de barro, que se transforma ao toque da atriz, nos revela o seu mundo interior.
Criação e Interpretação: Costanza Givone | Cenário e Desenho Luz: Samuele Mariotti | Apoio à Encenação e Design: João Vladimiro | Montagem e Operação Luz/Som: Rui Alves | Foto: Luís Martins | Músicas: Cecil Lytle (Bagpipe music); Bernardo Sassetti (Interlúdio: Experiências Tec-Efeitos Secundários); Ela Lamblin (Cos-mogenesis); Tom Waits (Russian Dance) | Apoios: Andaluga, Casa Rodrigues electricidade, CEM, Scuola di Mimo di Fiesole (Fiesole), Teatro Marionet, Teatro Everest (Firenze), Teatro “I Macelli” (Certaldo), ZdB/Negocio.